Como é do conhecimento de todos, foi decretado o estado de calamidade pública no Brasil, em consequência de uma emergência na saúde causada pelo aumento do número de casos provocados pelo coronavírus, COVID-19.

Como transpareceu nas palavras do Sr. Ministro do Estado da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, entre o momento atual e o momento de decréscimo significativo da curva exponencial de contaminação pelo COVID-19 decorrerá um longo período, e este será de muito trabalho e entrega da população, com vistas a superar as dificuldades advindas desta pandemia.

Evitar a circulação da população é uma maneira eficiente de fazer com que diminua a velocidade de propagação do COVID-19, possibilitando ações mais qualificadas e de melhor qualidade no atendimento de pacientes.

É intrínseca às nossas responsabilidades como cidadãos, principalmente como profissionais das Engenharias, Agronomia, Geociências, Arquitetura e Urbanismo, a tarefa do combate ao COVID-19.

Nossa entidade, a Associação de Engenheiros e Arquitetos de São José dos Campos – AEA/SJCampos, representa uma importante parcela destes profissionais em nossa cidade e região. E neste momento estamos apreensivos quanto à paralisação das atividades de muitas empresas, colocando em risco famílias, empregos e serviços, sendo estes fonte de rendimentos de profissionais liberais e jovens colegas que habitualmente não têm vínculos empregatícios, ou quando têm são precários.

Cientes de nossos deveres no trabalho para o bem do homem e à serviço do conforto e desenvolvimento da humanidade, das construções urbanas às obras de infraestruturas e da produção industrial à produção de alimentos, sabemos que somos protagonistas no desenvolvimento sustentável do Brasil e, portanto, agentes ativos na conquista da qualidade de vida saudável para a população.

A lei 5194/1966 reforça este protagonismo em seu artigo 1º, onde diz que nossas profissões são caracterizadas pelas realizações de interesse social e humano. Sendo assim, é nosso dever colocar nossas habilidades e competências técnicas a serviço da sociedade, afinal, saúde e higiene também são assuntos de engenheiros, agrônomos e arquitetos.

É neste contexto que colocamo-nos à disposição do poderes públicos, no que for do interesse público, dentro de nossas competências, a contribuir para salvaguardar a saúde pública e minimizar os riscos para a população e para a economia.

Aproveitamos a oportunidade para, juntamente com toda a sociedade, aplaudir e agradecer aos nossos colegas das áreas da Saúde que, não medindo esforços e colocando em risco a própria integridade, muito têm feito para minimizar as consequências da pandemia e sofrimento de nossa população.

Eng. Civ. Carlos Vilhena
Presidente da AEA/SJCampos