3º Encontro Paulista de Engenharia Ambiental

ESG e cidades inteligentes pautaram o evento do Crea-SP

No dia do Engenheiro Ambiental, 31 de janeiro, um evento promovido pelo Crea-SP refletiu sobre práticas ambientais associadas ao desenvolvimento. Em formato híbrido, o 3º Encontro Paulista de Engenharia Ambiental recebeu sete palestrantes, convidados, especialistas e autoridades do Crea-SP na sede do Conselho, na Avenida Angélica, que debateram oportunidades para os profissionais no universo ESG (ambiental, social e governança, em português) e iniciativas que promovam cidades mais inteligentes. Cerca de duas mil pessoas acompanharam o evento pelo Youtube do Crea-SP.

Na abertura, o presidente do Crea-SP, Eng. Vinicius Marchese, ressaltou a importância do encontro para colocar luz em temas atuais, contribuindo para que os Engenheiros Ambientais se tornem autores de soluções socioambientais. “O ESG é o caminho para todos os profissionais que queiram ser protagonistas das próximas discussões, em todos os segmentos de negócios. A formação técnica do Engenheiro Ambiental é extremamente importante para que os projetos sejam desenvolvidos de maneira adequada”, enfatizou.

Fortalecendo um dos importantes pilares da transformação do Conselho, que é a capacitação, o encontro teve por objetivo entregar conteúdo de relevância para o profissional. Além dos eventos, esta frente agrega plataformas como o Crea São Paulo Capacita e o CreaLab, ferramenta de inovação aberta que apresentou no encontro as startups que estão transformando a Engenharia Ambiental, como a Lurb Solution, com contentores semienterrados para grandes geradores de resíduos, e a PWTech, que desenvolveu equipamento capaz de descontaminar a água de rios, poços e lagoas.

Universo ESG

O primeiro painel discutiu as práticas do universo ESG, que objetivam tornar as operações das empresas socialmente responsáveis, sustentáveis e corretamente gerenciadas.

Este tema ganha cada vez mais relevância no país, sendo essencial a atuação dos Engenheiros Ambientais para construção de um modelo coletivo, pontuou Mauricio Mazza, diretor de TI da Mercedes-Benz do Brasil. “Voltando ao ponto do protagonismo citado pelo presidente Vinícius, os profissionais não devem ter medo de criar um modelo, compartilhar ideias. Existem instituições como o Crea-SP justamente para isso, para compartilhar, cooperar, colaborar. Não sairemos do lugar se não criarmos as ações de maneira mais consensual.”

Fabio Luiz Guido, gerente de sustentabilidade e estratégia ESG do Itaú Unibanco, reforçou a vocação ambiental do Brasil, ampliando as potencialidades de atuação profissional que não devem ficar apenas restritas ao meio ambiente. “Falta um desenvolvimento sustentável focado na indústria da biodiversidade e acredito que os Engenheiros Ambientais podem contribuir neste quesito. Como o Brasil pode oferecer, não apenas para os nossos problemas e desafios, mas para o mundo, soluções baseadas em nossa natureza?”, questionou Guido.

Para obtenção destas respostas, parcerias são primordiais para construção de parâmetros que consideram o próprio ecossistema de negócio. “Um grande facilitador para efetivação das ações é buscar parcerias, entender as dores de outras corporações, os caminhos para viabilizar um modelo de negócio mais circular”, destacou Marcelo Souza, CEO da Industria Fox.

Tal efetividade das ações é alcançada com o envolvimento de toda a sociedade, no que concerne ao ambiental. “O consumidor é parte integrante deste processo, responsável por fechar este ciclo, como a separação do lixo, por exemplo. É muito importante fazermos a reciclagem dentro de nossas casas, não apenas deixar como responsabilidade da empresa, da indústria, e esquecer da nossa parte”, refletiu Amanda Aguiar, coordenadora de Marketing da Lindoya Verão.

Cidades Inteligentes

Gestão dos resíduos sólidos também é um dos pilares que norteiam o debate sobre cidades inteligentes juntamente com distribuição e consumo de água, controle da poluição, segurança pública e mobilidade urbana.

O papel dos profissionais nesta construção foi o tema do segundo painel do 3º Encontro Paulista de Engenharia Ambiental, processo que utiliza a tecnologia como meio de transformação, mas, que necessita também de uma mudança comportamental.

“Precisamos que os agentes públicos virem a página e adotem o novo, as novas tecnologias, os novos conhecimentos, os novos processos educativos. Não precisamos mais falar ao cidadão que é proibido jogar lixo na rua. Todos sabem disso. Precisamos falar para ele cuidar do resíduo e dar destinação correta para que chegue ao lugar certo. Precisamos evoluir para tornar mais ágeis a implementação de novos processos”, argumentou Marcos Robles Poiato, fundador da Poiato Recicla.

São consideradas cidades inteligentes aquelas que buscam melhoria contínua na qualidade de vida dos cidadãos e dos serviços urbanos que são ofertados dentro do município usando tecnologias. “O principal agente deste processo é o cidadão que vai se beneficiar destas soluções. Temos que mudar a percepção que cidade inteligente é integrar um monte de tecnologia, beneficiando apenas empresas, mas temos que considerar os aspectos culturais e sociais, buscando ferramentas que atendam realmente as necessidades daquela população, que precisa entender também a sua cidade”, destacou Ryan Campos, representante de Desenvolvimento de Vendas da Altave.

O evento reforçou que as parcerias são primordiais para tornar mais dinâmica a implementação das soluções, como a discussão em conjunto dos desafios dos municípios paulistas encabeçado pelo Crea-SP. “Os Engenheiros Ambientais têm potencial para concretizar iniciativas associadas a tecnologia, como o 5G, por exemplo. Temos sérios problemas no Brasil e eles se apresentam como oportunidades de desenvolvimento de soluções, para acelerar melhorias para a população”, completou Ferdinando Guerra, gerente de Tecnologia da Informação da Allonda.

Para conferir o debate na íntegra, acesse: 3º Encontro Paulista de Engenharia Ambiental

 

Produzido pela CDI Comunicação
Edição: Equipe de Comunicação Corporativa/GCE


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