No atual momento em vivemos a automação está cada vez mais sendo implementada na vida cotidiana, seja no automóvel, na casa e na indústria. Ou seja, em todos os segmentos da sociedade, a questão é : até que ponto isto é essencial ou proveitoso.

Vejamos, no universo automobilístico, temos mais tecnologia embarcada um veículo, do que uma residência comum, podemos citar exemplos como : o carro trancar as portas automaticamente, após o motorista tirar as chaves do veículo e fechar a porta, ou até mesmo levantar os vidros automaticamente caso o motorista não feche, assim como os freios abs., como o nome diz em inglês, aternate break system, significa as rodas alternarem as direções para o carro não travar as rodas com o volante em uma única direção numa freada bruta, assim como também, sinalizar como sons e luzes, caso o cinto de segurança não seja travado, assim como sinais sonoros caso a chave fique na ignição, luzes ligadas após o carro seja fechado, ligar o som automaticamente, o rádio do carro ter rds, significa radio data system, ou seja, sintonia pré-programada de estações a gosto do motorista, etc., a depender do modelo do carro, ano e fabricante.

Tudo isto se deve ao fato, não só de uma visão comercial, mas às vezes conjuga segurança, como o sistema do air bag, mas também, uma forma de reduzir a carga de preocupação do motorista em realizar algumas manobras, tirando do ser humano o poder de controle, que as fazes fazem o painel do carro parecer como de avião com tantos botões, além do que em muitas capitais com trânsito intenso pessoas passam boa parte do dia dentro do carro, o que ao fim da vida é um tempo considerável.

Um bom exemplo da perda do controle do automóvel pelo ser humano, é o filme Eu, Robô, que passa a nítida mensagem, de que se o ser humano ficar no controle do carro, irá ocorrer um acidente, portanto o robô deve controlar, recente fato nos Estados Unidos a Polícia parou um veículo com passageiros no banco traseiro sem motorista, pois se tratava de um uber guiado remotamente por programa computacional, o policial falou com o controlador do veículo pelo rádio do carro e por fim liberou. Isto é invasão da inteligência artificial, mas este exemplo por si só já está sendo criticado e a uber está revendo o modus operandis, pois já houve problemas com a lei, por precisar de humano em casos de emergência e uber controlado por inteligência artificial, invadir cena de crime. Problema: quem será multado ?

A automação e a inteligência artificial têm sido questionadas, como por exemplo, o setor que mais teve problemas foi a música, sim, artistas sem muito talento, misturam muita música sintética, onde tem mais influência de um teclado eletrônico sintetizador, que é em suma computador capaz de produzir sons, do que piano e teclado, logo a voz e todo o conjunto musical depende exclusivamente da capacidade eletrônica que quem controla é um operador de som e um artista ganha os louros da vitória, artistas dos anos 90 e mais antigos criticam muito este fato.

Outro exemplo de automação criticada é a aviação, quando os aviões tem um controle com menor influência do piloto humano e aciona o piloto automático, durante o vôo, no momento de transição para o piloto humano, os pilotos automáticos já produziram acidentes com muitas mortes. Pilotos antigos disseram: “_ quando se tinha o avião na mão, no controle manual o tempo todo de vôo, poderíamos evitar acidentes, evitando conflito entre piloto automático e piloto humano”.

Mas a automação pode ser utilizada para pontos positivos, em vez de tirar empregos como de cobrador de ônibus, pois hoje em dia, o cartão de transporte, basta encostar o cartão magnético no painel eletrônico e já passa na roleta, como a exemplo de caixa eletrônico de supermercado, onde o cliente passa a mercadoria e paga sem intervenção humana, além destes exemplos, que conflitam com o emprego do humano para evitar problemas, sócio- econômicos. Veremos a seguir.

Automação de bomba d’água, por exemplo, evita desperdício de água e de eletricidade, robô na polícia para averiguar explosivos e bombas de forma remota e economizar vidas humanas, robô em uma usina nuclear para entrar e fazer reparos dentro de área contaminada, robô em estação espacial para fazer reparos onde a gravidade e falta de oxigênio mataria um ser humano, todos estes exemplos são positivos, a questão é como comparar a doses homeopáticas, usar a automação e a inteligência artificial a favor da humanidade é positivo, não para tirar o ser humano de circulação, com exclusão social.
Desta forma já compreendendo a crítica e sua importância da automação, ressaltamos aqui o foco do assunto, automação de distribuição de redes elétrica e automação de iluminação pública, este assunto será tratado com exclusividade em um artigo próprio e extenso e também um curso na Associação de Engenheiros e Arquitetos de São José dos Campos, São Paulo, ministrado pelo autor deste artigo.

A automação de distribuição de redes elétricas está sendo o assunto mais importante nas Concessionárias de energia estaduais em todo o Brasil e no mundo, pois o conflito é que com o advento da geração distribuída, ou seja, a cogeração com energia solar eólica ou biomassa, gerada no local da planta do consumidor, sendo a energia gerada e consumida com conexão ao SIN, Sistema Integrado Nacional, no Brasil, ou seja conectada com a rede elétrica das concessionárias estaduais, recebem energia elétrica gerada na contramão, quando o consumidor se torna ativo na produção de energia e não só passivo consumidor, quando no passado recebia energia e apenas pagava, sendo assim a energia elétrica pode entrar na rede interna do consumidor ou sair energia gerada por qualquer fonte injetando energia na rede da concessionária de sua cidade, tudo isto é claro, com regulação pela ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica.

Este fato gerou até um termo peculiar, smart grid, conexão esperta, significa dizer, ou seja, a conexão de rede elétrica ativa e passiva onde se compartilha energia gerada seja pelo consumidor ou pela concessionária, sendo consumida, controlada em sua qualidade e quantidade e computada em tempo real afim, de evitar falhas no sistema de redes de distribuição, gerenciada pela concessionária com melhor qualidade.

Há fatos de apagões no Brasil como em 1999 uma Subestação em Baurú no Estado de São Paulo, causou apagão de energia elétrica a nível nacional. Assim como há fatos diários que a iluminação pública deixa a desejar com falta de manutenção e causa escuridão urbana, facilitando para assaltos e violência em geral.

Desta forma a necessidade de controlar a rede elétrica remotamente para evitar falhas e fazer reparos e com o advento da geração distribuída com já citado acima, faz com seja imprescindível, uma reação eficaz de reparo uma melhor prestação de serviço por partes das concessionarias.

Um motivo é a perda de receita em vender menos energia elétrica, com a geração distribuída, outro motivo é alegar o custo dos encargos trabalhistas com o ser humano, aí temos conflitos, outro motivo, é a rela necessidade de melhor reagir a uma falha na rede elétrica para evitar perda de tempo em vender energia, por isto temos o reparo, chamado em trabalhar com linha viva, para não desligar a rede elétrica evitar interrupção de energia e perda de receita, que é perigoso, mas necessário, pois também tem a questão de evitar descontinuidade em áreas com real de energia elétrica.

Desta forma há modelo matemático e computacional para implementar a automação de distribuição de rede elétrica com programas específicos de algumas empresas, pois é um mercado bem restrito seja no Brasil ou resto do Mundo, pois é uma tarefa desafiadora e muito restrita em termos de mercado, pois em cada cidade ou estado do Brasil ou de qualquer outro país não pois o número de concessionárias não é tão grande, como o número de empresas de outro segmento comercial, isto causa uma restrição, além de tudo a capacidade técnica desta tarefa não é nada elementar.

Pois a automação da rede elétrica ou de iluminação tem o dever de localizar o ponto de falha com precisão geográfica absoluta, para evitar que o carro da manutenção fique passeando com funcionários em busca de falhas, com o gasto de combustível, custo homem-hora, custo de tempo, tudo isto conjugado a problemas de cidades grandes faça suas contas e imaginações de problemas de tráfego, sem contar que o funcionário precisa parar para comer e outras necessidades que possam interferir no fator tempo, para uma manutenção efetiva.

Assim temos um fator onde a inteligência artificial, a automação é necessária, para intervir de forma positiva, o problema é que gera medo dentro do quadro das Concessionárias de energia elétrica, pois há comentários que em um futuro, serão apenas gerenciadas por poucos humanos, com o uso cada vez maior da automação, e poderão se tornar apenas escritórios.

A automação do sistema de distribuição de energia elétrica tem como foco principal a proteção da rede, como evitar a perda do sistema, que causa perda de receita, perda de tempo, perda de continuidade do serviço, ou seja evita perdas.

O principal ganho, está na alta capacidade identificação de faltas por meio da comunicação do programa implementado em tempo real de dados sobre os ativos da rede.
O controlador pode causar melhor resposta de manutenção, mais eficiente, possibilitando o aperfeiçoamento da proteção ao sistema.

A automação traz o benefício ao atendimento à ponta da linha, ou seja, aos consumidores, ao melhorar o gerenciamento da restituição da rede e, assim, reduzir o tempo médio de atendimento. Tudo isso é feito de forma automática e inteligente, o que assegura que tanto a interrupção quanto o religamento tenham menor duração e tragam menos perdas.
A redução de custos é bem maior, mais ágil na identificação de faltas, pois o melhor gerenciamento da rede em tempo real, permite uma operação mais eficiente e
direcionada e mitigar riscos.

Tudo isto graças aos relês de proteção que agem controlados por programas computacionais, detectando falhas para determinar se abrem ou não os disjuntores associados a ele. Um exemplo disto é, quando há a queda de um poste podemos identificar uma situação irregular na transmissão de energia e assim interrompe a operação da parte danificada da rede. Isto diminuiu os riscos também à população como os choques elétricos, incêndios e curtos, como qualquer tipo de dano.

A principal vantagem da automação da rede é a segurança aos profissionais envolvidos. Pois a supervisão e o controle da subestação pode ser feito de forma remota em outro local distante o suficiente para estar fora do local de acidente, caso haja.

Por fim a automação pode ser positiva e assim deve ser feita, como vimos acima, a questão é saber aplicar a inteligência artificial, pois se uma empresa evita de aplicar outra concorrente fará, a questão, é implementar soluções comerciais e empresariais de modo geral que não causa problema sócio econômico, mas sim gerar empregos na indústria e fomentar o mercado de forma positiva.


 

Engenheiro Eletricista Renato do Couto Pinho CREA 5070618482

DIRETOR PRESIDENTE SUPERA ENERGIA